Identidade máquina-usuário: como o 'security fabric' redefine controles e auditoria

Em ambientes corporativos modernos, o conceito de identidade digital ultrapassou o limite do colaborador humano. APIs, bots, scripts automatizados, contas de serviço e modelos de IA agora atuam com autonomia, acessando sistemas, extraindo dados e executando ações críticas. Essas são as chamadas identidades não-humanas (NHIs).
De acordo com o Gartner, identidades não-humanas representam hoje mais de 60% de todos os acessos privilegiados em grandes empresas, e menos de 30% delas são devidamente rastreadas ou controladas de forma ativa. Isso cria brechas silenciosas para movimentações laterais, exfiltração de dados e violações de compliance.
Esse crescimento exponencial expõe um desafio inédito: como controlar acessos, rastrear comportamentos e garantir conformidade em um ecossistema onde as decisões nem sempre passam por humanos?
Consequências para auditoria interna, controle de acessos e SoD
O aumento de NHIs altera diretamente os paradigmas de auditoria e controles internos. Credenciais automatizadas muitas vezes operam sem revisão periódica, sem trilhas de auditoria adequadas e sem rastreabilidade das decisões que tomam. Isso compromete a efetividade da matriz SoD (Segregation of Duties) e torna vulneráveis as estruturas reguladas, como as que precisam estar em conformidade com SOx, ISO 27001 e LGPD.
A auditoria interna precisa evoluir de uma análise pontual e retroativa para uma governança em tempo real,baseada em indicadores de risco e rastreamento dinâmico de acessos.
RBAC não é suficiente: rumo ao Identity Security Fabric
Modelos tradicionais como o RBAC (Role-Based Access Control) foram construídos para ambientes estáticos e previsíveis. Mas com NHIs operando em milissegundos, é preciso um modelo que seja adaptativo, contextual e inteligente.
É aqui que surge o conceito de Identity Security Fabric (ISF): uma arquitetura que une governança de identidade,gestão de acessos, detecção de anomalias e resposta a incidentes de identidade em uma malha integrada e orquestrada. Segundo o Gartner, o ISF é uma das abordagens mais recomendadas para ambientes regulados com alta densidade de NHIs e fluxos automatizados.
O ISF permite:
- Revogar acessos automaticamente diante de desvios;
- Correlacionar comportamentos entre identidades humanas e não-humanas;
- Gerar alertas e respostas automatizadas com base em IA;
- Integrar RBAC, ABAC e detecção comportamental em tempo real.
Como a Vennx atua nesse contexto
A Vennx já antecipa essa nova realidade por meio de soluções como o Oráculo e a SoD Discovery. Utilizando IA e big data, nossas ferramentas monitoram identidades em tempo real, identificam riscos e corrigem acessos de forma automatizada e auditável.
Realizamos diagnósticos de acessos, saneamento de contas não nominais e estruturamos a governança de identidades com foco em ambientes regulados. Para clientes auditados ou expostos a riscos operacionais elevados, isso significa:
- Redução de exposição a penalidades;
- Maior transparência em auditorias;
- Conformidade contínua com normas como SOx e LGPD.
A era das identidades máquina-usuário já chegou. E quem não evoluir seus controles está,silenciosamente, abrindo brechas para riscos invisíveis.
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